Missão

O Batalha Centro de Cinema tem como missão promover o conhecimento e a fruição cultural através do cinema e da imagem em movimento.

O nosso programa inclui a apresentação de retrospetivas, ciclos temáticos, focos em práticas contemporâneas e ligações entre o cinema e outras artes. Estimular a cinefilia e cultura fílmica através de projetos educativos, editoriais, formativos e de debate está no centro da nossa atividade.

Ao mesmo tempo que propomos o acesso a novas formas de fazer e pensar o cinema, nomeadamente de artistas e cineastas nacionais, queremos celebrá-lo em toda a sua complexidade e diversidade histórica, em diálogo aberto com todos os públicos.

Integra o Departamento de Cinema e Imagem em Movimento da Ágora - Cultura e Desporto do Porto, E.M.

História

A exibição cinematográfica regular na cidade do Porto teve início no verão de 1906 no Salão High-Life, um barracão da Feira de S. Miguel, localizada onde hoje se encontra a Rotunda da Boavista. Este projeto foi iniciado por Manuel da Silva Neves e Edmond Pascaud — que viriam a fundar a Neves & Pascaud, empresa emblemática na história cinematográfica da cidade — e teve também como proprietário e gerente Luís Neves Real, matemático e professor, figura importante para a história do Cineclube do Porto e crítico de cinema. O Salão High-Life, que reunia no seu público diferentes camadas sociais da cidade, esteve apenas dois meses na Feira de S. Miguel, tendo sido depois mudado para o Jardim da Cordoaria. A 20 de fevereiro de 1908, sob o nome Novo Salão High-Life, mudou-se definitivamente para a Praça da Batalha.

O Cinema Batalha começou a ter os contornos que conhecemos na década de 40. O edifício que albergava o Novo Salão High-Life foi demolido para dar lugar ao novo Cinema, com um projeto de arquitetura de Artur Andrade. A obra emblemática foi, à data, caracterizada como sendo detentora de uma “radicalidade moderna”. Era constituída por dois auditórios (um com capacidade para 950 lugares sentados e o outro para 135), dois bares e um restaurante com esplanada.

O projeto de Artur Andrade foi complementado com várias obras de arte integrada, incluindo as pinturas de Júlio Pomar e o alto relevo na fachada de Américo Braga que viriam a ser censurados pelo regime salazarista.

No ano 2000, o Batalha encerrou pela primeira vez, devido em grande parte à competição com as grandes superfícies comerciais. O estado de degradação do edificado foi-se agravando, até em 2006 ser arrendado pela Comércio Vivo por um período de quatro anos. Findo este período, encerrou de novo.

Em 2012, o Cinema Batalha foi considerado Monumento de Interesse Público, classificação que veio salvaguardar a integridade do edifício. Em 2017, a Câmara Municipal do Porto assumiu a gestão do Cinema Batalha por um período de 25 anos e anunciou a intenção de reabilitar o edifício histórico. A empreitada correspondeu a um investimento municipal de aproximadamente 4 milhões de euros e teve início a 18 de novembro de 2019, tendo o projeto de arquitetura ficado a cargo do Atelier 15, de Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez.

Em 2021, o autarca Rui Moreira anunciou a devolução do equipamento icónico à cidade, nomeando Guilherme Blanc como Diretor Artístico. Em dezembro de 2022, o Batalha Centro de Cinema abriu ao público.

A arte no Batalha

Construído dentro de uma lógica modernista de integração das artes plásticas na arquitetura, o edifício da autoria do arquiteto Artur Andrade contempla obras de cinco artistas. Os mais emblemáticos, pelo seu valor simbólico na história da censura do regime do Estado Novo em Portugal, são o baixo e alto relevo na fachada, de Américo Braga, e os murais de Júlio Pomar. No Batalha podemos ainda encontrar obras de Arlindo Rocha, António Sampaio e Augusto Gomes.


Por ordem da censura vigente no período de ditadura, o martelo na mão do operário e a foice na mão da ceifeira, no baixo e alto relevo de Américo Braga (1909–1991) na fachada do edifício, foram destruídos por convocarem uma iconografia associada ao movimento comunista. A renovação do edifício de 2022 repõe o martelo, agora em aço, simbolizando a sua restituição permanente.  


No foyer comum aos dois primeiros pisos, e no foyer do último piso, encontramos os murais que Júlio Pomar (1926–2018) pintou. Estudante no Porto na altura de construção do edifício e uma figura relevante no meio artístico universitário portuense, Júlio Pomar pinta dois frescos nos quais figuram cenas das festas de São João do Porto. A execução dos murais, interrompida devido à prisão de Pomar por motivos políticos, é concluída após a abertura ao público do cinema, sendo as duas obras pouco tempo depois tapadas por ordem da PIDE. Os frescos, conhecidos até 2022 apenas pelos registos fotográficos a preto e branco de Ernesto de Sousa, sobreviveram por baixo de multiplicas camadas de tinta, e foram recuperados com o atual projeto de renovação do edifício.


No foyer no átrio de acesso à Tribuna (piso 1), encontramos a escultura da Deusa romana Flora, composta em dimensão humana com gesso branco pelo artista Arlindo Rocha (1921–1999).

 

Na escadaria de acesso à Sala-filme, a partir do Bar, é possível ver a pintura de António Sampaio (1916–1994), com desenhos de paisagens naturais e de três cavalos na sua parte central.

 

No interior da Sala 1, sobre as entradas laterais, encontram-se altos relevos de Américo Braga e Augusto Gomes (1910–1976), com motivos florais e ornitológicos.

Cá Dentro

Sala 1

Localizada no piso 0, a mais emblemática sala do Batalha está preparada para a exibição de formatos digitais e analógicos e possui 301 lugares — 185 na plateia (4 para pessoas com mobilidade reduzida) e 112 na tribuna.


Sala 2

Localizada no piso 2, esta sala está preparada para a exibição de formatos digitais e analógicos e possui 110 lugares (2 para pessoas com mobilidade reduzida).

Biblioteca e Filmoteca
A Biblioteca e Filmoteca integra uma sala de leitura, estudo e trabalho com 14 lugares, onde se encontram em livre acesso livros e periódicos para consulta, bem como dois postos de visionamento dos filmes da Filmoteca.

Sala-Filme
Espaço onde são instalados filmes de artista e imagem em movimento, relacionados ou não com projetos expositivos.

Cafetaria & Bar

Resultante da recuperação do antigo salão de chá e café, a Cafetaria & Bar está aberta durante o dia, tendo uma lotação máxima de 68 pessoas, acolhendo pontualmente atividades programação, como instalações e performances.

Livraria

A Livraria do Batalha é especializada em cinema e imagem em movimento. O seu catálogo integra as edições próprias do Batalha, peças de merchandise e uma vasta seleção de obras com especial enfoque no cinema, incluindo também os campos das artes visuais e das ciências sociais e humanas.


Bengaleiro
No piso 0, junto à entrada principal, existe um Bengaleiro onde é possível depositar gratuitamente pertences (como casacos, malas ou guarda-chuvas).

Acessibilidade e Inclusão

A equipa do Batalha entende a acessibilidade e a inclusão como valores fundamentais e transversais a toda a sua ação. Por um lado, procuramos suprimir os obstáculos colocados à mobilidade por um edifício construído na década de 40, classificado como Monumento de Interesse Público em 2012. Este possui lacunas ao nível da acessibilidade física que o projeto de requalificação não conseguiu colmatar, uma vez que as modificações necessárias afetariam características morfológicas e arquitetónicas do património que se pretendia preservar. Por outro, estamos empenhados em que o cinema que projetamos e debatemos seja mais acessível a pessoas com deficiência visual, S/surdas, com deficiência intelectual, mobilidade condicionada e outras necessidades específicas.

Qualquer dúvida ou sugestão relacionada com acessibilidade e inclusão no Batalha poderá ser enviada para batalha.bilheteira@agoraporto.pt.


Programação
A programação do Batalha integra:
— Legendas para pessoas surdas e ensurdecidas (em português) em sessões de cinema selecionadas;

— Legendas em inglês em todos os filmes portugueses, exceto nos casos de impossibilidade técnica;

— Tradução simultânea (para o português) em palestras e conversas selecionadas;

— Língua Gestual Portuguesa em palestras e conversas selecionadas;

— Língua Gestual Portuguesa em visitas guiadas, mediante marcação prévia;

— Audiodescrição numa sessão por temporada;

— Sessões de cinema descontraídas, integradas no programa Famílias.

Todos estes eventos podem ser consultados no Calendário do nosso website.

As pessoas com necessidades específicas beneficiam de um desconto de 25%. Entrada gratuita para acompanhante.


Estacionamento e Transportes

No número 100 da Praça da Batalha, em frente à entrada lateral (virada para o Teatro Nacional São João), existem dois lugares de estacionamento público para pessoas com mobilidade condicionada. Existe ainda um outro lugar no número 19 da Travessa do Cimo de Vila.

A maioria dos autocarros da STCP que servem a zona — linhas 207, 303, 400, 901, 904, 905 e 906 — estão equipados com rampa automática e lugar reservado com cinto de segurança para as pessoas em cadeira de rodas.

O Funicular dos Guindais, que realiza o percurso de ida e volta entre a Ribeira e a Batalha, também se encontra adaptado para receber pessoas com mobilidade condicionada, dispondo de rampas e elevadores.

As estações de metro com elevador mais próximas são a estação de São Bento (a 400 metros) e a estação do Bolhão (a 650 metros). A partir da estação do Bolhão a inclinação do percurso na via pública é mais suave.



Edifício

A maioria dos espaços do Batalha é acessível ao público com mobilidade condicionada. A entrada através de rampa é feita a partir da porta principal (junto à Igreja de Santo Ildefonso), que dá acesso ao piso 0 do edifício e ao elevador. O elevador encontra-se no Foyer 1, à direita da Sala 1. O Batalha dispõe de uma cadeira de rodas que pode ser solicitada na Bilheteira ou previamente através do e-mail batalha.bilheteira@agoraporto.pt.

Bilheteira, Sala 1 e Foyer 1 (piso 0): Acesso pela entrada principal, através de uma rampa.

Sala-Filme (piso 0): As pessoas com mobilidade condicionada têm acesso a este espaço através da Sala 1. Para tal, deverá ser solicitado acompanhamento na Bilheteira ou a um assistente de sala.

Cafetaria & Bar e Livraria (piso -1): Acesso pelo elevador. Na Cafetaria & Bar existe uma zona de estar com visibilidade para o palco com prioridade para pessoas com mobilidade condicionada. No mesmo piso existe um WC adaptado junto ao elevador. Para acesso à quota inferior do bar, poderá ser solicitado o uso de um mecanismo de elevação.

Biblioteca e Filmoteca (piso 1): Acesso pelo elevador.

Foyer 2 (piso 2): Acesso pelo elevador.

Sala 2 (piso 2): As pessoas em cadeira de rodas deverão solicitar acompanhamento na Bilheteira ou a um assistente de sala.


Outros serviços

WC sem género: No piso 2, existe uma casa de banho sem identificação de género.

Medidas facilitadoras à parentalidade: A Cafetaria & Bar do Batalha disponibiliza duas cadeiras evolutivas. O fraldário encontra-se no WC adaptado, localizado no piso -1, junto ao elevador.

Equipa

CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO

Presidente

Rui Moreira



BATALHA CENTRO DE CINEMA

 

EQUIPA ARTÍSTICA

Diretor Artístico

Guilherme Blanc

 

Curadora

Ana David

 

Assistente de Programação

Lídia Queirós

 

Famílias/Cinema ao Redor/Escolas


Programadora

Joana Canas Marques

 

Mediadora e Arte-educadora

Sofia Lemos Marques

 

BIBLIOTECA E FILMOTECA

Rodrigo Affreixo

 

EQUIPA EXECUTIVA

Diretora Executiva

Salette Ramalho

 

Técnica de Gestão

Simone Amorim

 

Assistente Administrativo

Fernando Ferreira

 

PRODUÇÃO 

Produtor Executivo

Hugo Ramos

 

Produtora

Joana Galhardas

 

FRENTE DE CASA E BILHETEIRA

 

Assistentes de Sala

Maria Inês Silva

Susana Costa

 

Bilheteira

Rafael Ferreira

 

COMUNICAÇÃO

Beatriz Pinto

Ricardo Alves

Sandra Mesquita

 

TRADUÇÃO E LEGENDAGEM

Eva Magro
Catarina Feiteira

 

EQUIPA TÉCNICA

Coordenador Técnico

Nuno Aragão

 

Projecionista Sénior

Fernando Garcez

 

Projecionista

José Miguel Pereira


Luz e Som

Cláudia

 

Manutenção

Vítor Costa


Colaborações

Design e Identidade Visual

Macedo Cannatà


Identidade Sonora 

Favela Discos (Inês Castanheira, João Sarnadas)


Design de Uniformes 

Filipe Augusto


Vídeo 

Urgent Voice


Fotografia

Filipe Braga

Paulo Cunha Martins


Tradução 

Joseph Owen 

Patrícia Azevedo da Silva 


Programação Web 

Bondhabits


ÁGORA — CULTURA E DESPORTO DO PORTO, E.M.

Presidente do Conselho de Administração

Catarina Araújo


Conselho de Administração

César Navio, Ester Gomes da Silva


Secretariado da Administração

Liliana Gonçalves

 

Direção de Gestão de Pessoas, Organização e Sistemas de Informação

Sónia Cerqueira (Diretora)
Cátia Ferreira
Elisabete Martins
Helena Vale
Joana Ngola
João Carvalhido
Jorge Ferreira
Madalena Peres
Márcia Gonçalves
Marta Lima
Paulo Cardoso
Paulo Moreira
Ricardo Faria
Ricardo Santos
Sandra Pinheiro
Susete Coutinho
Vânia Silva


Direção de Serviços Jurídicos e de Contratação

Jorge Pinto (Diretor)
Amanda Leite
André Cruz
Eunice Coelho
Francisca Mota
Filipa Faria
Filipe Barbot
Jorge Almeida
Pedro Caimoto
Leonor Mendes
Luís Areias
Márcia Teixeira
Marta Silva
Sofia Rebelo
Tiago Abreu


Direção Financeira

Rute Coutinho (Diretora)
Alexandra Espírito Santo
Ana Rita Rodrigues
Fernanda Reis
Manuela Roque
Mariana Vilela
Sandra Ferreira
Sérgio Sousa
Sofia Barbosa
Sónia Pinto


Direção de Comunicação e Imagem

Bruno Malveira (Diretor)
Agostinho Ferraz
Catarina Madruga
Francisco Ferreira
José Reis
Pedro Sousa
Rosário Serôdio
Rui Meireles

Rute de Carvalho
Sara Oliveira

Sobre
SobreSobreSobreSobre

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